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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

anos musicais, anos de emoções..."


Não precisa parar pra ler isso. Sério.
Tudo o que era pra ser dito sobre a MTV - ou sobre o fim dela, já foi dito. Gente que lamenta, que resgata a memória, gente que “já sabia” da bancarrota da programação, ou da administração, ou que tenha uma teoria que explique esses dois fatores juntos. Absolutamente todas as análises já foram feitas.
Mas porque estou aqui insistindo mais que o Gene Simmons quando anunciou o Alive IV como sendo a última turnê do Kiss? Hoje a banda já está se encaminhando para o Alive 36. Enfim...
É que a MTV era a minha “nega”, o meu iPod de tela grande, o meu hits parade personalizado.
Eu já perdi as contas de quantas vezes já dediquei meu tempo em frente a televisão, pois sabia que enquanto acompanhada daquela programação, nenhum tempo seria realmente perdido. Perdi as contas de vezes que me inundei no LAB de clipes, esperando por algo nostálgico, e o quanto eu e meus amigos (as) xingavamos a Scarlett Johansson porque ela traía o Justin Timberlake no clip de What goes around...comes around. Eu e esses mesmos amigos aprendemos com o sucesso musical internacional que nosso objetivo de vida era ser “comprado” pelo Jay-Z. Tudo que ele produz vira ouro, então, Jay-Z, fica a sugestão.


E a adolescência foi rica porque o humor era descompromissado como o do Hermes e Renato, as perguntas eram idiotas como as do João Gordo, o futebol era de várzea como no Rock Gol, a conversa sobre a histórias das bandas eram interessantes como no MTV+ e a vida nada fácil dos jovens era retratada com fidelidade no seriado Descolados.
As mensagens sem muito nexo das propagandas, o jeito diferente de abordar as polêmicas dos telejornais, a maneira de falar de música como se não houvesse coisa mais importante era característico demais pra passar batido. 90% da programação que acompanhavam “MTV” no nome talvez denotassem algum tipo de falta de criatividade, mas a criatividade era a linha que ligava o espectador ao produtor da mensagem. Foi uma das mais bem sucedidas no contato com os que estavam do lado de lá da tela. Pedia pra ligar, pra votar, pra jogar, pra ir na platéia, pra participar, se constranger e viver junto uma melodia só.

Apesar de ser “viúva" da MTV desde 2009, eu não tinha desligado a TV pra ler um livro, mas acho que desliguei agora - e em definitivo - pra escrever um. Ainda bem que há uma vasta discografia pra explorar enquanto rabisco bobagens iguais a esta que você acabou de ler agora. Obrigada por isso, canal 58!

@gi_cabral aprendeu que é 5 dedos na cara pra cair tremendo e não foi na Globo.

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