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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013


"Quando você morde a paçoca, ela morde você também".

“Vocês que tem menos de 18 anos sabem o que é Dadinho?”
Sei que ninguém vai responder porque só eu leio esse blog, mas como já comecei a escrever vou continuar. Pois bem...vocês não conhecem a bala de amendoim chamada Dadinho, então não deveria me atrever em perguntar se conhecem a Paçoca Amor. Ou melhor, vocês ainda sabem o que é paçoca?

                                 Amor que é bom ninguém quer dar.

Às vezes fico me perguntando o porque de gostar de tanta coisa que de uma hora pra outra pode sair das prateleiras. Meus irmãos mesmo não devem ter o mesmo apreço que eu por esse ~quitutes~ digamos, mais antigos.
Dadinho e a dita paçoca ‘cheiram’ infância. Aquela coisa boa sem muito corante, num papel rústico com letras que não são encontradas em nenhuma escala de tipologia dos novos pacotes Office.
Sem contar a dificuldade de ser encontrado em qualquer estabelecimento, e quando encontramos, pasmem, são absurdamente baratos. "Mãe, cadê aquelas moedinhas pra eu ir no bar comprar doce?" Quem é que tem esse tipo de diálogo com a própria mãe hoje em dia?

                         E os 80 também, já que tocamos no assunto.

Eu estou falando de doce, só pra dizer que o que realmente deixa a gente com aquele brilho no olho cumpre exatamente esse papel: é difícil de encontrar, mas não custa caro. O que realmente coloca um sorriso sincero no nosso rosto não tem nada de elaborado ou sofisticado. O preço a se pagar pela busca é muito pouco frente aos benefícios que tardiamente serão elogiados pelos oftalmologistas e adotados por eles como tratamento. Durante as consultas eles dirão “Você está com a síndrome do olho seco – sim ela existe – mas ao invés de te receitar um colírio, preciso que você encontre alguma coisa que goste muito de fazer. Isso vai dar aquela lágrima propícia e o brilho na retina que o farão ver a vida de maneira mais leve e menos penosa.”

Tudo bem que viajei um pouco nesse exemplo, mas o prazer de saber que uma única bala de amendoim de quinze centavos pode trazer, me deu o aval que eu precisava pra ser piegas na medida certa.
A felicidade pode custar um pouco mais caro que isso, mas a satisfação pode ser a mesma. Resta saber onde procurar.

@gi_cabral não é diabética por milagre, gasta muito em doce porque a vida não tem calda de chocolate por cima. Infelizmente.

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