"Quando você morde a paçoca, ela morde você também".
“Vocês que tem menos de 18 anos
sabem o que é Dadinho?”
Sei que ninguém vai responder
porque só eu leio esse blog, mas como já comecei a escrever vou continuar.
Pois bem...vocês não conhecem a bala de amendoim chamada Dadinho, então não deveria me atrever em
perguntar se conhecem a Paçoca Amor. Ou melhor, vocês ainda sabem o que é
paçoca?
Amor que é bom ninguém quer dar.
Às vezes fico me perguntando o
porque de gostar de tanta coisa que de uma hora pra outra pode sair das
prateleiras. Meus irmãos mesmo não devem ter o mesmo apreço que eu por esse
~quitutes~ digamos, mais antigos.
Dadinho e a dita paçoca ‘cheiram’ infância. Aquela coisa boa sem muito corante, num papel rústico com
letras que não são encontradas em nenhuma escala de tipologia dos novos pacotes
Office.
Sem contar a dificuldade de ser
encontrado em qualquer estabelecimento, e quando encontramos, pasmem, são
absurdamente baratos. "Mãe, cadê aquelas moedinhas pra eu ir no bar comprar doce?" Quem é que tem esse tipo de diálogo com a própria mãe hoje em
dia?
E os 80 também, já que tocamos no assunto.
Eu estou falando de doce, só pra
dizer que o que realmente deixa a gente com aquele brilho no olho cumpre
exatamente esse papel: é difícil de encontrar, mas não custa caro. O que
realmente coloca um sorriso sincero no nosso rosto não tem nada de elaborado ou
sofisticado. O preço a se pagar pela busca é muito pouco frente aos benefícios
que tardiamente serão elogiados pelos oftalmologistas e
adotados por eles como tratamento. Durante as consultas eles dirão “Você está
com a síndrome do olho seco – sim ela existe – mas ao invés de te receitar um
colírio, preciso que você encontre alguma coisa que goste muito de fazer. Isso
vai dar aquela lágrima propícia e o brilho na retina que o farão ver a vida de
maneira mais leve e menos penosa.”
Tudo bem que viajei um pouco
nesse exemplo, mas o prazer de saber que uma única bala de amendoim de quinze
centavos pode trazer, me deu o aval que eu precisava pra ser piegas na medida
certa.
A felicidade pode custar um pouco
mais caro que isso, mas a satisfação pode ser a mesma. Resta saber onde procurar.
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