Sobre febre e outras patologias tecnológicas.
Não sou muito chegada no café (mas aceito suco...),
porém também não sou de deixar amigos na mão. Fui convidada pro café e cá estou
colocando a água pra ferver junto com a Gi. O tema não poderia ser diferente:
internet, ou melhor, a tal “febre da internet”, termo o qual acho totalmente
brega e sem utilidade alguma.
A internet não é uma febre e não está passando por uma. TODO
MUNDO sabe disso. “Ah, mas vc concorda que os números de acesso a internet mudaram
nos últimos anos?” Claro, seria idiota se não concordasse. E no melhor estilo
“comprove os fatos”, dá uma olhada nos dados da pesquisa divulgada em fevereiro
desse ano, sobre os internautas brasileiros:
“Do total de 63,5
milhões de pessoas com acesso a internet em casa ou no trabalho, 47,5 milhões
foram usuários ativos da web em janeiro de 2012, o que também representa alta
de 2% em relação a dezembro de 2011. Cada internauta brasileiro passou cerca de
63 horas e 27 minutos no computador, seja utilizando aplicativos ou navegando
na web. O número é 2,2% maior do que em janeiro de 2011.” Quer ver os dados da
pesquisa na integra? Clica aqui.
O aumento do
número de internautas não quer dizer que a internet é uma novidade mundial e
sim que os hábitos e costumes estão mudando, os COMPORTAMENTOS ESTÃO MUDANDO, muitas
outras pessoas que antes não tinham condições hoje acessam a internet...ou
seja, um processo que vem caminhando a curtos passos e que ainda tem muita
estrada pra rodar .Mas não é uma febre!!
Febres passam!
Buscando mais uma
vertente pra chegar onde eu preciso: Blogs. Antes de eu fazer meu primeiro
cursinho de datilografia (A S D F fellings) eles já existiam. Não com o
mesmo propósito de hoje, eram mais pessoais e hoje oferecem N possibilidades
para quem quer trabalhar com conteúdo, inclusive fonte de renda (my dream).
Houve uma evolução? Claro. Houve mudança nos interesses? Claro. Mais um
processo de adaptação, um processo evolutivo. E não é uma febre!! Tá, mas e daí? Pra que tudo isso?
Essa semana me
deparei com algumas “matérias” na internet, relacionadas ao tema Blogs e Febres
e fiquei um tanto chateada. Da mesma forma que isso foi novidade um dia pra
mim, hoje está sendo para outros. Entendo, faz parte do processo e seria muito
“pô, fernanda, você se acha” eu dizer : “eu já sabia”. Só que esses “outros”
estão em certos cargos que, na verdade, deveriam saber disso muito antes de
mim. Formadores de opinião conceituados, professores,
chefes, donos de empresas, são muitos. Sem problemas se os “outros” não jogassem na minha cara,
através de seus cargos: “ESTOU INOVANDO, olha essa novidade, um blog, sou foda
pra caralho” , como se eu fosse uma alienada e não estivesse sabendo disso
tudo, quando na verdade, você tá é atrasado meu jovem. (cabe contexto aqui).
Da mesma forma que os “outros”, universidades, organizações, empresas e pessoas fazem isso todos os dias. As centenas de artigos que começam “que as empresas estão entrando na febre da internet...” me deixam triste. Não sou uma expert, não mesmo. Mas também não me rendo fácil a certos assuntos, com dois três cliques e digo que sou profissional no que eu faço. É necessário estudo, conhecimento, muito tempo de DEDICAÇÃO, em qualquer atividade, inclusive na internet e nos blogs.
Da mesma forma que os “outros”, universidades, organizações, empresas e pessoas fazem isso todos os dias. As centenas de artigos que começam “que as empresas estão entrando na febre da internet...” me deixam triste. Não sou uma expert, não mesmo. Mas também não me rendo fácil a certos assuntos, com dois três cliques e digo que sou profissional no que eu faço. É necessário estudo, conhecimento, muito tempo de DEDICAÇÃO, em qualquer atividade, inclusive na internet e nos blogs.
Pra encerrar,
trazendo isso pra dentro das universidades, cito o exemplo e as palavras de uma
das minhas professoras: “a era da internet é de vocês, jovens, e nós, os “mais
velhos” temos que aprender com vocês...trago sempre cases e procuro discutir
esse processo de evolução”.
Faço dela as
minhas palavras e acho que esse é o caminho. Troca de experiências. Não ficar parado no tempo, dependendo de
grades curriculares ou sistemas de ensino engessados, onde só um fala e aquela
verdade é absoluta. É necessário perceber essa mudança de conceitos e rumos,
que já está acontecendo há muito tempo.
E, por favor, antes de chegar dizendo que é
foda em determinado assunto, que domina e todos deveriam fazer como você, dá
uma olhada no que vem sendo feito antes de você chegar na sala.
Valeu pelo
espaço, Gi. Parceria sempre nas trocas de experiências, cartinhas e tubaína
nos corredores da faculdade.
Acho meio idiota a pessoa dizer "a era da internet é de vocês que são jovens". Não! Equivale a dizer "no meu tempo...". Mas você não está neste tempo? Então este tempo também é seu! Isso é uma dica para os mais velhos. E mais uma coisa: eu me acho muito foda.
ResponderExcluirVocê é um pseudo-foda PD!
ExcluirMuito bem colocado, Gi! UHASUHASUHSAS
ExcluirConcordo, todos temos que estar no mesmo tempo, que é o que estamos vivendo. É primordial, ninguém vive de passado. Acho que o sentido que pode ser interpretado também de que temos mais facilidade e podemos "ajudar" na discussão e a abrir os olhos dos outros também. LÓGICO que não tira o papel da pessoa se esforçar para estar "por dentro do assunto", até porque precisamos dessas ferramentas, não podemos ignorá-las. E se você é comunicador então, a responsabilidade dobra.
ResponderExcluirE mais uma coisa: sim, você é foda! hahahaha
Também discordo sobre a era da internet ser dos jovens. É a era de quem tá disposto a ficar conectado, entender o que tá acontecendo, acompanhar as mudanças.
ResponderExcluirMas concordo com a Fer em relação a responsabilidade. Não especificamente do jovem mais de quem tá 'antenado' e sim eu vou usar essa palavra ultrapassada e escrota ..e Leandro, não se iluda ! MUAHAHA
ResponderExcluirEssa semana eu falei sobre Blog num seminário da faculdade e comentei exatamente isso. Os blogs não são febres(e a internet muito menos). Os blogs sempre mantiveram sua taxa de crescimento estável, assim como crescem a taxa de natalidade. O crescimento é proporcional, de acordo com a evolução dos meios.
ResponderExcluirAs vezes eu fico me perguntando de onde é que as pessoas tiram essas teorias, ou melhor, qual é a fonte da informação.